sábado, 24 de julho de 2010

Ahhhh... alma lavada!

Trabalhei 12 horas seguidas hoje, mas por incrível que pareça estou feliz!
Feliz por que fiz boas matérias, divertidas, conheci pessoas muito legais e vi realidades que parecem difíceis, mas na realidade as pessoas também são felizes. Feliz por que meu cinegrafista é do baralho (rs) e quando vejo as imagens que ele faz fico extasiada, e tenho prazer em trabalhar com ele, Amilton Torres. Se preocupa com os detalhes, é perfeccionista e tem sacadas ótimas!
Estou feliz por que são poucas as oportunidades que tenho de editar minhas matérias e hoje foi um desses dias que pude fazer isso. Tenho que tirar o chapéu para os editores da Tv RBA, além de serem pessoas maravilhosas são profissionais excelentes! Gui, Keila e o grandão Mário... perfeitos!
A emoção de fechar um jornal ao vivo é muito boa, a pressão, a pressa... manda, manda, manda a matéria!!!!! Cada bloco fechado é uma vitória. Derruba matéria, entra matéria... E quando a apresentadora, a Marcinha, dá boa noite, ufaaaa, mais um dia de trabalho se vai, todo mundo ri aliviado! rsrs
Não posso deixar de falar no nosso editor, Gilson Farias. A cada dia aprendo mais com ele, tem uma visão jornalística que poucos tem!
A única coisa que ainda falta entrar no eixo é a produção... ahh essa ainda tem que melhorar bastante... mas deixo isso pra depois.
Domingo trabalho de novo... sem estress... Amo o que faço!
Agora vou dormir que to destruída! rsrs

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Crianças em situação de risco

Tenho que confessar: hoje quase chorei fazendo uma matéria.
Vi uma cena chocante e lamentável. No bairro do Guamá a polícia investigava uma casa, que supostamente, é um ponto de venda de drogas. O policial chama toda a imprensa, não pelas drogas, mas pelas situação em que vive a família. A mãe, uma senhora de aparência abatida, de quem já passou por muitas necessidades. Ela morava com três filhos em um quarto, mal iluminado, sem piso e com muitas tábuas faltando nas paredes. Aquilo foi o que sobrou para eles. Esse quarto é nos fundos do terreno. Na frente havia um resquissío do que uma dia foi uma casa. Ela desabou, era de tábua. Entre as madeiras havia colchões velhos, roupas, utensílios de cozinha, parecia que uma furacão tinha passado por ali. Fico imaginando as crianças brincando por ali, o risco que elas corriam no meio de toda aquela bagunça.
Estava chovendo, e a chuva só fez o cenário ficar mais triste.

As crianças tem entre três e cinco anos, e choravam incontrolavelmente. O conselho tutelar queria levar os três dali. Muita discussão, choro, gritos, e chuva... Então a mãe vira para mim, com o rosto molhado de lágrima e me pede para não deixar o conselheiro levar seus filhos.
Foi quando as minhas lágrimas vieram aos olhos. Engoli a seco. Como eu poderia intervir naquela história? E pior, como eu poderia pedir para não levar aquelas crianças dali, daquele lugar que cheirava mal e parecia que ia cair a qualquer momento?
Havia mais um quarto em cima, uma escada normal dessas de madeira que os pintores usam, era o acesso ao andar de cima. No chão de terra batida havia animais espalhados por todos os cantos, cachorros e gatos. Sem querer pisei na pata de um gatinho preto. tisc tisc...
Esta situação me chocou muito. Perguntei para a mãe o que ela fazia para sustentar a família, ela disse que era diarista. Perguntei se ela usava drogas, ela disse que não, que o ex-marido usou, mas ela não.
Falei com a filha mais velha, ela me disse que todos eram bem tratados ali, que não queria sair. Entendo que uma crianças daquela idade não sabe o que é bom ou ruim para ela, mas vi no rosto de cada uma ali o desespero de ser tirada de casa, se é que se pode chamar aquele lugar de casa.
Será que algum dia essa crianças tiveram um lugar decente para dormir, comer, tomar banho? Por que nem banheiro o lugar tinha!
Na semana em que se falou tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente, pois ele completou 20 anos criação, a gente ainda se depara com crianças sem a mínima condição para viver. Mas o que me impressionou foi o quanto elas eram apegadas aquele mínimo. Mesmo sendo expostas a riscos e más influências. É porque com a mãe não foi encontrada nenhuma droga, mas uma amiga dela foi presa porque tinha cachimbos, usados para fumar craque.
Conversei com a policial que achou o tal cachimbo. Ela me disse que perguntou para a menina mais velha quem usava aquilo, e a menina imediatamente respondeu que aquilo não era da avó, porque a avó já tinha parado de fumar a bastante tempo. Uma menina de 5 anos sabia exatamente para que servia aquilo!!!!
Depois de muita negociação a mãe a avó aceitaram ir com o conselheiro tutelar. Antes de entrar no carro converso com a outra menina, que coincidentemente se chama Liliane. Mais uma vez quis chorar, ela olhou pra mim e disse que estava com medo. Tentei acalmá-la dizendo que seria melhor ela ir, que aqueles homens iriam cuidar dela e da família.
Meu Deus, quantas crianças passam por isso?!!!
Será mesmo que vão cuidar deles?
Será que já não deveriam ter cuidado, pra que a situação não chegasse naquele ponto?
Quantas famílias não vivem do mesmo jeito em Belém... no Brasil?
Pensei imediatamente no meu sobrinho ou sobrinha, que logo logo vem ai. Agradeci a Deus pela família que tenho, que ele/ela também vai ter. Agradeci pelo o que tenho, um teto, um emprego, o mínimo de dignidade. As vezes a gente não imagina que temos muito, quando muitas famílias não tem nada....

terça-feira, 13 de julho de 2010

Férias, férias para os outros...

Ahhh, ando meio sem tempo de escrever no blog. Final de semana foi puxado, trabalhei sábado e domingo e to cansada desse mês de julho. Em uma semana fui três vezes a Mosqueiro, não aguento mais fazer matéria de verão, praia, eu quero curtir uma praia, isso sim. rs
Mas pior do que Mosqueiro, que estava lotado de gente, é Outeiro. O que é aquele lugar no domingo? Acho que tinha umas dez pessoas por metro quadrado, se isso é fisicamente possível! E quando esses lugares estão lotados significa que Belém está uma maravilha. É tão lindo ver a cidade sem congestionamento! Mas a cidade vazia atrapalha nosso trabalho. Um bom exemplo aconteceu nesta segunda-feira. As duas equipes da manhã fizeram apenas três matéria. Eu entrei às 13 horas e não consegui fechar nenhum vt. Todo mundo está de férias... hauhauhauhauha
Só jornalista não tem férias...
Mas a produção não tem ajudado muito, nessa época as entrevistas tem de ser marcadas com bastante antecendência, e o produtor tem que dar uma chato e ficar ligando todo dia pra confirmar a entrevista. Mas isso não funciona na prática... infelizmente!
E como eu trabalhei toooodo o o final de semana, no outro a tv não vai sentir nem meu cheiro! rsrs

terça-feira, 6 de julho de 2010

Desafio



Repórter de tv mata um leão todo dia... exagero? pode até ser, mas vou te contar, tem dias que é muuuito difícil fechar uma matéria! Uma matéria começa a ser produzida na redação, quando os produtores pensam em uma pauta, ele desenvolve a pauta, faz os encaminhamentos, pensa em quem pode dar entrevistas, faz contatos... etc. Tem dias que a produção não tem muita sorte e faz a pauta com um entrevistado apenas, então sobra para o repórter se rebolar pra melhorar a matéria. Mas tem dias que não tem escapatória, a gente tem que fazer milagre para colocar a matéria no ar, mesmo com um entrevistado apenas. O pior é quando não tem imagem para cobrir a matéria. Tv é imagem, não tem jeito, é nela que o telespectador se prende. É cruel fechar uma matéria sem esses dois recursos: entrevistado e imagem.
Se o repórter é obrigado mesmo assim a fechar a matéria, leva esporro depois. Pode ter certeza. A edição tem que cobrar de alguém, e advinha de quem?? Do repórter, é claro!
Eu entendo perfeitamente os editores, mas sinceramente não entendo por que eles não entendem os repórteres!?! rs
A gente é obrigado a escrever aquele texto, o que se pode fazer?
Se alguém, lá em cima (e não é Deus), exige que a matéria seja feita, a única coisa a se fazer é escrever, mesmo que não tenha nenhum dos dois recursos... te vira: escreve.
E então acontece o efeito dominó: se a produção não faz o trabalho direito, o repórter dificilmente vai fazer algo que preste, e a edição pior ainda!
E depois o efeito dominó volta: o editor fica p... da vida e briga com o repórter; o repórter por sua vez fica mais p... da vida e desconta na produção.
Essa é a vida na redação... e mesmo assim a gente não desiste! rs

domingo, 4 de julho de 2010

Domingo na Ilha de Mosqueiro


Ilha de Mosqueiro

Primeiro domingo de julho, primeiro final de semana das férias, praia bombando e eu... trabalhando! rsrs
Acordei ceeeedo neste domingo, mais precisamente ás 04:45 da madrugada. Enquanto uma galera estava voltando da farra de sábado, eu estava saindo de casa. A bucólica Ilha de Mosqueiro me aguardava anciosamente.
Eu sou uma pessoa sedentária, não faço academia por pura preguiça, tenho horror a rotina de puxar ferro. Ai eu me pergunto: por que 375 pessoas se inscrevem para participar de um esporte que cansa tanto, o triathlon? Nadar, correr de bicicleta e correr... correr... correr. Ufa! já cansei.
Foi exatamente isto que fui fazer em Mosqueiro, cobrir o Sesc Triathlon - etapa Belém.
Tudo bem, tudo bem, nem todas as pessoas do mundo são preguiçosas igual a mim. Foi muito legal cobrir o evento. Muita gente bonita e bem disposta. O tempo ajudou aos atletas e a mim também, rs. O sol só foi aparecer de verdade no final da prova. Mas mesmo assim ainda estava quente, o mormaço mal trata a gente (ahh o Mormaço... rsrs).
Na praia do Chapéu Virado muita gente e muitas mulheres descolorindo os pelos. Eu sinceramente acho que essas coisas a gente faz no quintal de casa, sem ninguém olhar. Será que elas acham que é sexy fazer isso na praia? hahaha. Fui entrevistar um grupo de meninas que fazia o processo de descoloração. O cinegrafista pergunta: Não tinha nenhuma mais bonitinha e que não estivesse passando água oxigenada no corpo, pra você entrevistar? Olhamos ao redor... cri cri cri cri...
Coisas da bucólica Ilha de Mosqueiro!
A pior parte pra mim foi andar de sapatilha naquela areia, ainda mais com uma maldita sapatilha que faz bolha no pé! A minha salvação foi a madame da área VIP: Débora Costa. Uma amiga, produtora e namorada do meu chefe, que estava tomando água de côco e comendo petiscos achando que estava na Ilha de Caras... Ela me emprestou uma sandália que estava no carro, então pude andar direito.


O mais legal da competição é que vi atletas de todas as idades. Homens e mulheres com até 59 anos que davam de 10x0, nesta repórter sedentária, só de olhar eu já cansava! Vi também competidores dando o máximo. A campeã da categoria elite, Pâmela Oliveira, chegou com o pé sangrando, fazia cada careta, que eu fiquei com pena. O paraense, Danilo Pimentel, da mesma categoria, que ficou com o quarto lugar, quase desmaiou na chegada. E eu pensei: por isso que não invento essas coisas, vai que me dá um bug! rsrs
Depois que a missão comprida foi cumprida, eu recebi um convite irrecusável. Meu chefe e sua digníssima me chamaram para uma paradinha na orla. Um peixinho frito, com uma cervejinha gelada, rimos muito, falamos mal de um monte de gente (brincadeirinha), e eu só cheguei em casa no final da tarde. Queria ter ido para o Mormaço, mas por motivo de força maior, não fui.
Mas é isso... domingão foi ótimo, nada melhor do que enfiar a cara no trabalho e o pé na areia!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Dia de folga e de decepção! =(


Sexta-feira acordo toda feliz por que estava de folga!!! Uhuuu
Não é todo dia que uma repórter pode assistir ao jogo do Brasil em paz! Acordo às 10 da manhã, animada, vou assistir ao jogo com amigos... perfeito! Tinha até uma feijoada... uhuuu
Dez minutos do primeiro tempo... gol do Robinho... Logo pensei: vai ser fácil passar pela Holanda! Dava pra ter feito mais um no 1º tempo... mas não fizeram. Quanta ilusão...
Começa o 2º tempo...
O que será que aconteceu com a seleção durante o intervalo daquele jogo? Os holandeses colocaram um revólver na cabeça de cada jogador, pra deixá-los com tanto medo??
O que foi aquele primeiro gol da Holanda?? Ai quantas questões a serem respondidas!
Mas sinceramente não quero saber da resposta de nenhuma delas... a seleção brasileira estragou a minha folga!!!! Até perdi a vontade de tomar uma cervejinha... resolvi voltar pra casa e assistir a um filme, pois queria esquecer a decepção que passei... nem pensar em assistir a Globo ou a Band. Não quero ouvir desculpas dos jogadores, muito menos do Kaká.... ai o Kaká. Tão lindo, mas é só. Por que jogar mesmo nessa Copa ele não jogou, ele é igual ao Cristiano Ronaldo, de Portugal, fica melhor estampando as capas de revistas ou em propagandas de cuecas.. hahahaha Adoooro.
A seleção vai ser linchada... pois acabaram com feriados do Brasil durante os jogos...
Mas tudo bem, julho chegou, e acabei de saber que só vou trabalhar no domingo... Vou pra Mosqueiro tomar um suco de laranja (sem trocadilhos rs), e fazer uma matéria sobre o início das férias e do verão. Só assim esqueço da seleção...
Ate rimou! rsrs

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dia ligth...

Hoje o dia foi tranquilo... depois de uma quarta-feira totalmente conturbada da Câmara Municipal. Hoje fiz a inauguração de uma escola de ensino fundamental em Ananindeua. Escola belíssima, nunca vi nada parecido em uma escola pública. Todas as salas climatizadas, laboratório de informática, consultório odontológico, sistema de captação e reaproveitamento da água da chuva e aproveitamento da luz do sol para iluminar os corredores... Políticas à parte, a obra realmente é bonita de se ver. Belém merecia escolas iguais....
Por hoje foi só... a primeira pauta caiu.. puff